Gabão

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Situado no centro-oeste da África, o Gabão é um dos países mais ricos e urbanizados do continente, com renda per capita de US$ 4,5 mil. Seu território é dominado por florestas tropicais povoadas por rica fauna, com destaque para elefantes, leões, leopardos e diversas espécies de macacos. A extração de petróleo é a principal atividade econômica, juntamente com a mineração de ferro e manganês. O Estado é habitado por diversos grupos étnicos - os fangues são o mais numeroso, constituindo 35,5% da população.

Fatos Históricos
Os portugueses são os primeiros europeus a aportar na região, em 1472. Nos séculos seguintes, ingleses, franceses e holandeses freqüentam o litoral gabonês em busca de escravos, marfim e madeiras preciosas. De 1839 a 1890, o Gabão fica sob domínio da França, até ser anexado à colônia do Congo. O país declara a independência em 1960, sob liderança de Leon M´Ba, que se torna seu primeiro presidente. Um golpe militar depõe M´Ba em 1964, que retorna ao poder com a ajuda da França. Após sua morte, em 1967, o vice-presidente e substituto Albert-Bernard Bongo instaura um regime de partido único, o Partido Democrático Gabonês (PDG). Em 1973, Bongo se converte ao islamismo e adota o nome Omar. Nos anos 80, passa a sofrer pressões para redemocratizar o país.

Eleições e fraudes
Uma onda de protestos, iniciada pelos estudantes em 1990, força o regime a adotar o pluralismo político. A morte do líder oposicionista Joseph Rendjambe, em maio, provoca comoção popular. Tropas da França desembarcam no país alegando proteger os 20 mil residentes franceses. As eleições legislativas realizam-se em meio a denúncias de fraude em favor do governo, que obtém maioria. A instabilidade prossegue em 1991, com greves, manifestações e a renúncia dos deputados oposicionistas, que exigem uma Constituição democrática. Bongo recua e forma um governo de união nacional, integrado pela oposição. Em fevereiro de 1992, estudantes lideram uma greve geral pela antecipação das eleições. Bongo reage e fecha a universidade. Em dezembro de 1993, é reeleito com 51,2% dos votos. A oposição não aceita e forma um governo paralelo. No ano seguinte, oposição e governo fazem um acordo prevendo eleições locais e legislativas.

Ebola
Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) isola a região de Ogooué-Evino (nordeste) após confirmar que 20 pessoas morreram de febre hemorrágica, causada pelo vírus ebola. Naquele ano, o Gabão retira-se das Organizações dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). As eleições legislativas de 1996 dão vitória ao partido governista. Albert-Bernard Bongo se mantém na Presidência e Paulin Obame-Nguema, no cargo de primeiro-ministro. Em 1998 surge um novo partido, a Reunião dos Gauleses, que reivindica o retorno do país ao domínio francês. Em dezembro, o presidente Bongo reelege-se mais uma vez.

Dados Gerais
Nome oficial: República Gabonesa (République Gabonaise)
Capital: Libreville
Nacionalidade: gabonesa
Idioma: francês (oficial), fang, banto
Religião: cristianismo 79,9% (católicos 50,1%, protestantes 18%, outros cristãos 11,8%), crenças tradicionais 19,3%, islamismo 0,8% (1995)
Moeda: franco CFA
Cotação para 1 US$: 606,00 (jul./1998)

Geografia
Localização: centro-oeste da África
Características: planície costeira de arenito e aluvião alargando-se na direção norte; litoral com lagoas (N) e estuários (S); planaltos irregulares (maior parte)
Clima: equatorial
Área: 267.667 km²
População: 1,2 milhão (1998)
Composição étnica: fangues 35,5%, mepongues 15,1%, mebedes 14,2%, bapunus 11,5%, outros 23,7% (1983)
Cidades principais: Libreville (362.386), Port-Gentil (80.841), Franceville (30.246) (1993)

Governo
República com forma mista de governo.
Divisão administrativa: 9 regiões.
Chefe de Estado: presidente Albert-Bernard Bongo (PDG) (desde 1967, reeleito em 1973, 1979, 1986, 1993 e 1998).
Chefe de governo: primeiro-ministro Paulin Obame-Nguema (PDG) (desde 1994).
Principais partidos: Democrático Gabonês (PDG), União Nacional dos Madeireiros (RNB), Gabonês do Progresso (PGP).
Legislativo: bicameral - Senado, com 91 membros; Assembléia Nacional, com 120 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.
Constituição em vigor: 1991.

Economia
Agricultura: cacau (1 mil t), café (240 t), óleo de palma (2,8 mil t), látex (5 mil t), mandioca (215 mil t), milho (31 mil t), banana da terra (250 mil t) (1997)
Pecuária: bovinos (39 mil), suínos (208 mil), ovinos (173 mil), caprinos (86 mil), aves (2,7 milhões) (1997)
Pesca: 28,3 mil t (1995)
Mineração: petróleo (134 milhões de barris), manganês (2 milhões de t) (1996).
Reservas não exploradas de minério de ferro.
Indústria: refino de petróleo, metalúrgica, madeireira, alimentícia
Parceiros comerciais: França, EUA, Reino Unido, Alemanha

Relações Exteriores
Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, OUA
Embaixada: SHIS - QI 9, cj.11, casa 24, CEP 71615-300, Brasília, DF
tel. (061) 248-3536, fax (061) 248-2241

 
 
Fonte: Almanaque Abril CD-ROM 1999 - 6.ed