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 Malauí
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Considerado
"o coração da África", este pequeno país sem acesso ao
mar, a sudeste do continente, reúne em seu território
florestas tropicais, parques de animais selvagens e aldeias
tribais escondidas na selva. A nação sofreu com a guerra
civil em Moçambique, mas, desde a pacificação no país
vizinho (1992) e a reativação da ferrovia que liga Malauí
ao oceano Índico, sua economia vem se recuperando. O Estado
tem 20% do território ocupado pelo lago Malauí (Niassa)
- terceiro maior do continente, com importante papel na
agricultura e no turismo. Quase 90% da população é rural
e, mais da metade, analfabeta.
Fatos
Históricos
O nome do país deriva de seus primeiros habitantes, os
marauis, povo banto que se instala no sudeste da África
no século XIII. Malauí é incorporado ao domínio britânico
em 1859, com a chegada do explorador escocês David Livingstone.
Em 1891 passa a ser protetorado, com o nome de Niassalândia,
por causa do lago Niassa. Em 1953 integra uma federação
com as colônias britânicas da Rodésia do Norte (atual
Zâmbia) e Rodésia do Sul (atual Zimbábue). A luta anticolonial
tem início no final dos anos 50, sob a liderança de Hastings
Kamuzu Banda, médico educado na Inglaterra que se torna
líder do Partido do Congresso Malauí (MCP). A federação
é dissolvida em 1962, Niassalândia adquire autonomia e
Banda assume como primeiro-ministro. A independência é
obtida em 1964, quando a nação recebe o nome de Malauí.
Banda governa de modo autoritário, assumindo em 1991 o
título de presidente vitalício.
Democracia
Pressionado interna e externamente, Banda aceita a realização
de um referendo monitorado pela ONU em 1993, que adota
o pluripartidarismo. Nas eleições gerais de maio de 1994,
a oposicionista Frente Democrática Unida (UDF) vence,
e seu líder, Elson Bakili Muluzi, se torna presidente
da República. O novo governo anistia presos políticos
e revoga a pena de morte. Em 1995, o ex-presidente Banda
é absolvido num processo em que fora acusado de assassinatos
políticos. Em junho de 1996 desfaz-se a coalizão governamental
com a retirada do MCP, que boicota as sessões legislativas
para forçar a dissolução do gabinete (ministério). Muluzi
aproxima-se da oposição e garante maioria no Parlamento.
Em março de 1998, Muluzi dissolve o gabinete e escolhe
novos ministros. Em junho nomeia uma comissão eleitoral
para preparar as eleições parlamentares e presidenciais
de 1999.
Dados
Gerais
Nome oficial: Malauí (Mfuko la Malawi)
Capital: Lilongüe
Nacionalidade: malauiana
Idioma: inglês (oficial), chicheua
Religião: cristianismo 50,3% (católicos 18%, protestantes
20,5%, outros cristãos 11,8%), islamismo 20%, crenças
tradicionais 10%, outras 19,7% (1995)
Moeda: cuacha malauiana
Cotação para 1 US$: 26,00 (jul./1998)
Geografia
Localização: sudeste da África
Características: planalto (maior parte) declinando na
direção E-O e cortado de N a S pelo vale da Grande Fenda;
lago Malauí (L); vale do rio Shire (S)
Clima: tropical (maior parte), tropical de altitude (O)
Área: 118.484 km²
População: 10,4 milhões (1998)
Composição étnica: maraves 58,3% (inclui nianjas, cheuas,
tongas e timbucas), lomues 18,4%, iaos 13,2%, engonis
6,7%, outros 3,4% (1983)
Cidades principais: Blantyre (446.800), Lilongüe (395.500),
Mzuzu (62.700) (1994)
Patrimônios da Humanidade: Parque Nacional Lago Malauí
Governo
República presidencialista.
Divisão administrativa: 24 distritos.
Chefe de Estado e de governo: presidente Elson Bakili
Muluzi (UDF) (desde 1994).
Principais partidos: Frente Democrática Unida (UDF), do
Congresso Malauí (MCP), Aliança pela Democracia (Aford).
Legislativo: unicameral - Assembléia Nacional, com 177
membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.
Constituição em vigor: 1995.
Economia
Agricultura: tabaco (158,1 mil t), chá (38 mil t), cana-de-açúcar
(1,75 milhão), milho (1,2 milhão de t), mandioca (200
mil t), amendoim (68,7 mil t), legumes (279,85 mil t)
(1997)
Pecuária: bovinos (710 mil), suínos (230 mil), ovinos
(101 mil), caprinos (1,3 milhão), aves (14,2 milhões)
(1997)
Pesca: 65 mil t (1995)
Mineração: pedras preciosas (100 t), carvão (20 mil t),
calcário (133,6 mil t) (1996)
Indústria: alimentícia, química, bebidas, têxtil
Parceiros comerciais: África do Sul, Zimbábue, Alemanha,
Reino Unido, Japão, EUA, Moçambique, Holanda (Países Baixos)
Relações
Exteriores
Organizações: Banco Mundial, Comunidade Britânica, FMI,
OMC, ONU, OUA, SADC
Embaixada: 2408, Massachusets Avenue NW, Washington D.C.
20008, EUA
tel. (202) 797-1007 |
