Mali
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Este
país do noroeste da África, sem acesso ao mar, é um dos
mais pobres do mundo, com o quarto pior índice de desenvolvimento
humano (IDH), que mede riqueza e bem-estar das nações.
Quase 70% da população, majoritariamente muçulmana, é
analfabeta e 80% vive no campo. O norte de Mali fica no
deserto do Saara e é habitado por tribos nômades tuaregues.
O centro e o sul são constituídos de terras férteis banhadas
pelos rios Níger e Senegal. Ali se concentra a maior parte
da população. A economia baseia-se na pecuária e na lavoura
de algodão. O país possui também reservas de ouro, tungstênio,
diamante e petróleo, mas não há infra-estrutura para sua
exploração.
Fatos
Históricos
Nos séculos XV e XVI desenvolveu-se na região o Império
Songhai, um dos centros de difusão da cultura islâmica.
Em 1591, após ataque marroquino, a nação se fragmenta
em pequenos reinos. Em 1898, o país torna-se colônia da
França, com o nome de Sudão Francês. Em 1946 adquire autonomia
e, em 1960, transforma-se em República, com Modibo Keita
eleito para presidente. Em 1968, o tenente Moussa Traoré
dá um golpe de Estado e toma o poder. Governa por 23 anos
e é deposto por militares em 1991, depois da repressão
a protestos em que 106 manifestantes são mortos. Forma-se
um governo de transição para a democracia.
Tuaregues
As eleições presidenciais de 1992 dão vitória a Alpha
Oumar Konaré. Ele enfrenta protestos contra medidas econômicas
recessivas exigidas pelo FMI. Cresce a tensão com a minoria
tuaregue no norte do país. A partir de 1990, quando os
tuaregues começam a retornar ao Mali, de onde saíram para
escapar da seca, ocorrem embates entre seus grupos armados
e o Exército. Em abril desse ano, um acordo cria a administração
especial para o norte, incorpora rebeldes ao Exército
nacional e lança outras medidas para integrar os tuaregues
à vida política. Entre o final de 1995 e o início de 1996,
cerca de 150 mil refugiados tuaregues voltam ao país.
Em março de 1996, dois grupos armados se dissolvem e se
integram às Forças Armadas. Em maio de 1997, Konaré é
reeleito para presidente com mais de 90% dos votos. O
pleito é boicotado por grande parte da oposição, que exigira
mais tempo de campanha e o adiamento das eleições. Nas
eleições municipais de junho de 1998, o partido governista
Aliança pela Democracia no Mali - Partido Africano pela
Solidariedade e Justiça (Adema) vence em 16 das 19 comunas.
Em setembro, o FMI e o Banco Mundial perdoam US$ 250 milhões
da dívida externa do Mali, como parte do programa de auxílio
aos países pobres altamente endividados.
Dados
Gerais
Nome oficial: República do Mali (République du Mali)
Capital: Bamaco
Nacionalidade: malinesa
Idioma: francês (oficial), línguas regionais (principais:
bambara, fulani, sonrai, tamacheque, soninquê e dogão)
Religião: islamismo 90%, crenças tradicionais 9%, cristianismo
1% (1995)
Moeda: franco CFA
Cotação para 1 US$: 606,00 (jul./1998)
Geografia
Localização: noroeste da África
Características: planícies desérticas do Saara (N e S);
planalto (SO); terras mais elevadas (L); região pantanosa
formada pelo delta do rio Níger (centro e L)
Clima: tropical (maior parte), árido tropical (N)
Área: 1.240.142 km²
População: 11,8 milhões (1998)
Composição étnica: mandes 50% (bambaras, malinques), peules
17%, voltas 12%, tuaregues e mouros 10%, chongais 6%,
outros 5% (1996)
Cidades principais: Bamaco (800.000), Ségou (88.900),
Mopti (74.000), Sikasso (73.000), Gao (54.900) (1987)
Patrimônios da Humanidade: Antiga Cidade de Djenné; Cidade-Mercado
de Tombouctou, Penhasco de Bandiagara (País dos Dogões
)
Governo
República com forma mista de governo.
Divisão administrativa: 8 regiões e 1 distrito.
Chefe de Estado: presidente Alpha Oumar Konaré (Adema)
(desde 1992, reeleito em 1997).
Chefe de governo: primeiro-ministro Ibrahim Boubakar Keita
(Adema) (desde 1994).
Principais partidos: Aliança pela Democracia no Mali -
Africano pela Solidariedade e Justiça (Adema); pelo Renascimento
Nacional (Parena); Convenção Democrática e Social (CDS).
Legislativo: unicameral - Assembléia Nacional, com 147
membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.
Constituição em vigor: 1992.
Economia
Agricultura: caroço de algodão (239,6 mil t), pluma de
algodão (189,6 mil t), amendoim (134,1 mil t), manga (50,8
mil t), milhete (738,85 mil t), sorgo (540,3 mil t) (1997)
Pecuária: bovinos (5,7 milhões), ovinos (5,9 milhões),
caprinos (8,55 milhões), suínos (65 mil), eqüinos (785
mil), camelos (365 mil), aves (24 milhões) (1997)
Pesca: 64,35 mil t (1995)
Mineração: ouro (8,4 t), fosfato (3 mil t), prata (270
kg) (1996)
Indústria: bebidas, tabaco, materiais de construção, alimentícia,
beneficiamento de algodão
Parceiros comerciais: França, Costa do Marfim, Bélgica,
Luxemburgo, China
Relações
Exteriores
Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, OUA
Embaixada: 2130, R Street NW, Washington D.C. 20008, EUA
tel. (202) 332-2249, fax (202) 332-6603 |