Senegal

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Situado na costa oeste da África, o país fica numa planície semi-árida, irrigada por três grandes rios: Senegal, Gâmbia e Casamance. A capital, Dacar, cidade de acentuada influência francesa, é um dos mais importantes portos do continente. A ilha de Gorée, próxima da capital, foi no passado um importante centro de tráfico de escravos. O islamismo é a religião de 92% dos senegaleses. O recurso natural mais explorado é o fosfato. Importantes reservas de petróleo estão quase intocadas por falta de infra-estrutura para exploração.

Fatos Históricos
Islamizada por comerciantes árabes no século XI, a região abriga no passado dois grandes Impérios africanos, o Mandingo e o Uolof. A partir do século XV é disputada pelos europeus. No século XVII, os franceses fundam a feitoria de Saint-Louis, na foz do rio Senegal, e dedicam-se ao tráfico de escravos. A transformação do território em colônia, em 1854, abre uma fase de progresso. A rendição do último Sultanato negro, em 1893, consolida a hegemonia da França, que faz de Dacar a capital da África Ocidental Francesa, reunindo suas colônias na região.

Independência
A partir de 1946, a França dá maior autonomia ao Senegal, que tem seu primeiro governo soberano em 1958. No ano seguinte, o país se une ao Sudão Francês (atual Mali) e forma a Federação do Mali. Em agosto de 1960, o Senegal rompe o pacto e declara independência. O escritor e poeta Léopold Sédar Senghor é eleito para presidente. Em 1962, o primeiro-ministro Mamadou Dia lidera um golpe de Estado fracassado contra Senghor. Uma nova Constituição fortalece o poder do presidente. Reeleito sucessivas vezes, Léopold Senghor aposenta-se em 1981. É sucedido por 'Abdu Diúf, confirmado nas eleições presidenciais de 1983 e reeleito em 1988, sob suspeita de fraude eleitoral.

Separatismo no sul
Nos anos 90, o Exército senegalês é acusado de violação dos direitos humanos no combate à guerrilha separatista de Casamance (sul), que alega sua diferenciação histórica desde os tempos coloniais. A intensificação do conflito marca as eleições de 1993, vencidas mais uma vez por Diúf, com nova suspeita de fraude. Em dezembro de 1995, a guerrilha separatista do Movimento de Forças Democráticas de Casamance (MFDC) propõe cessar fogo e negociar a paz no exterior. O governo se recusa a abrir conversações em outro país e a fornecer passaporte aos separatistas. A tensão em Casamance aumenta em 1996. A Anistia Internacional denuncia a escalada de violação dos direitos humanos. Em março de 1997, pelo menos 42 pessoas morrem num enfrentamento entre a guerrilha e tropas governamentais. Os combates continuam nos meses seguintes. Nas eleições legislativas de maio de 1998, o governista Partido Socialista Senegalês, do presidente 'Abdu Diúf, obtém 93 cadeiras (de um total de 140) na Assembléia Nacional; o Partido Democrático Senegalês fica com 23 cadeiras e a União para Renovação Democrática, com 11.

Dados Gerais
Nome oficial: República do Senegal (République du Sénégal)
Capital: Dacar
Nacionalidade: senegalesa
Idioma: francês (oficial), línguas regionais (principais: ulof, fulani, serere, diola, bambará, saracolê)
Religião: islamismo 92% (sunitas), cristianismo 2% (maioria católica), religiões tribais e outras 6% (1996)
Moeda: franco CFA
Cotação para 1 US$: 606,00 (jul./1998)

Geografia
Localização: oeste da África
Características: relevo plano coberto por savanas, planície litorânea com península, dunas e falésias (NO), estuários de rios (O), vale fluvial navegável (N) e maciços vulcânicos baixos (L), território de Gâmbia encravado no SO ao centro
Clima: tropical árido e semi-árido
Área: 196.722 km²
População: 9 milhões (1998)
Composição étnica: ulofes 44%, fulanis 23%, sereres 15%, diolas 6%, mandingas 5%, outros 7% (1996)
Cidades principais: Dacar (785.071), Thiès (216.381), Kaolak (193.115), Zinguinchor (161.680), Rujisque (138.837) (1994)
Patrimônios da Humanidade: Ilha de Gorée; Parque Nacional Niokolo-Koba; Santuário Nacional de Pássaros Djoudj

Governo
República com forma mista de governo.
Divisão administrativa: 10 regiões.
Chefe de Estado: presidente Abdu Diúf (PS) (desde 1981, eleito em 1983 e reeleito em 1988 e 1993).
Chefe de governo: primeiro-ministro Habib Thiam (PS) (desde 1991).
Principais partidos: Socialista Senegalês (PS), Democrático Senegalês (PDS), União para Renovação Democrática (URD).
Legislativo: unicameral - Assembléia Nacional, com 140 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.
Constituição em vigor: 1963.

Economia
Agricultura: amendoim (680 mil t), pluma de algodão (24 mil t), caroço de algodão (28 mil t) (1997)
Pecuária: bovinos (2,9 milhões), ovinos (4,2 milhões), caprinos (3,6 milhões), suínos (320 mil), eqüinos (882 mil), camelos (7,5 mil), aves (44,1 milhões) (1997)
Pesca: 358,7 mil t (1995)
Mineração: fosfato de cálcio (1,4 milhão de t), sal (113,4 mil t) (1996)
Indústria: alimentícia, química, têxtil, refino de petróleo
Parceiros comerciais: França, Espanha, Nigéria, Itália, Mali

Relações Exteriores
Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, OUA
Embaixada: 2112, Wyoming Avenue NW, Washington D.C. 20008, EUA
tel. (202) 234-0540

 
 
Fonte: Almanaque Abril CD-ROM 1999 - 6.ed

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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