Uganda
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O
país fica na região dos Grandes Lagos africanos, centro-leste
do continente, e é coberto por savanas. Mais de 80% da
população, formada por 13 etnias, vive nas áreas rurais.
O lago Vitória, o maior da África, e os cursos d'água
da bacia do rio Nilo favorecem o desenvolvimento da agricultura.
A instabilidade política nas últimas três décadas, porém,
desmantela grande parte da estrutura econômica. O café,
principal produto, responde por 93% das exportações.
Fatos
Históricos
Até o início do século XIX, a região tem reduzido contato
com o exterior. Em 1830, o território cai sob domínio
do Sultanato de Omã. Em 1890, os britânicos passam a controlar
o então Reino de Buganda após reprimir, dois anos antes,
uma rebelião muçulmana. Em 1894, a região torna-se protetorado
do Reino Unido. Colonos brancos instalam fazendas nas
terras férteis do território. Durante a I Guerra Mundial,
o norte do lago Vitória é cenário de batalhas navais entre
britânicos e alemães. Depois de uma rebelião, em 1949,
o governo britânico concede autonomia gradual a Uganda.
Em 1955 é criado um Parlamento. O Congresso Popular de
Uganda, partido liderado por Milton Obote, passa a ser
a principal força política. O país conquista independência
em 1960, mas mantém-se membro da Comunidade Britânica.
Idi
Amin Dada
Em 1967, Uganda se transforma em República sob a Presidência
de Obote. Em 1971, um golpe liderado pelo general Idi
Amin Dada, comandante das Forças Armadas, depõe Obote
e dissolve o Parlamento. Em 1973, Uganda rompe relações
com os EUA. Amin declara-se presidente vitalício em 1976.
Seu regime caracteriza-se pela repressão aos opositores.
Isolamento internacional e corrupção levam a economia
do país ao colapso. Em 1978, as forças de Amin invadem
a Tanzânia ajudadas pela Líbia. A invasão fracassa e,
em 1979, tropas tanzanianas assessoradas por exilados
ugandenses ocupam Campala, a capital, e Amin foge do país.
Após vários governos provisórios, Obote retorna à Presidência
em 1980. No ano seguinte, a oposição se une na Frente
Popular Ugandense e inicia uma guerrilha contra o governo.
Instabilidade
Obote é deposto pela segunda vez, em 1985, num golpe militar
que leva ao poder o general Tito Okello. No ano seguinte,
a guerrilha derruba Okello. Yoweri Museveni, líder de
uma das facções rebeldes, o Movimento de Resistência Nacional
(MRN), autoproclama-se presidente. Em 1989, Museveni estende
seu mandato por mais cinco anos, suspende os partidos
e proíbe atividades políticas. O líder da oposição no
exílio, Amon Bazira, é assassinado no Quênia em 1993.
Seus partidários acusam o regime de Museveni de responsável
pela morte. Em 1995 é promulgada uma nova Constituição,
que prevê realização de referendo em 1999 sobre a adoção
do pluripartidarismo e a reabertura dos partidos. Em 1996
Museveni é eleito para presidente com 74,2% dos votos
e seus partidários obtêm maioria no Parlamento. A tensão
entre Sudão e Uganda, acusada de dar abrigo a guerrilheiros
cristãos sudaneses, leva ao fechamento da fronteira comum
em 1997.
Oposição
ilegal e guerrilha
A oposição ao regime de Museveni se une na coalizão Forças
Democráticas Aliadas (ADF) em julho de 1997. O governo
declara a aliança ilegal. Em 1998, uma guerrilha apoiada
pela ADF inicia combates contra o governo. Dois atentados
ocorridos em abril matam quatro pessoas. Em junho, as
ações guerrilheiras se intensificam e deixam 50 mortos
no oeste do país.
Dados
Gerais
Nome oficial: República de Uganda (Republic of Uganda/Jamhuri
ya Uganda)
Capital: Campala
Nacionalidade: ugandense
Idioma: inglês (oficial), línguas regionais (principais:
suaíle, luganda)
Religião: cristianismo 65% (católicos 39%, protestantes
26%), crenças tradicionais 19%, islamismo 15%, outras
1% (1995)
Moeda: novo xelim de Uganda
Cotação para 1 US$: 1.210,00 (jul./1998)
Geografia
Localização: centro-leste da África
Características: planalto de altitude entre 1.000 e 2.000
m (maior parte); vale da Grande Fenda (centro); cadeias
de montanhas (S); região árida (NE); lagos Albert (O),
Edward (SO), Kyoga (centro) e Vitória (S)
Clima: equatorial de altitude
Área: 241.038 km²
População: 21,3 milhões (1998)
Composição étnica: grupos étnicos autóctones 68,9% (principais:
hugandas 17,8%, tesos 8,9%, niancoles 8,2%, sogas 8,2%,
gisus 7,2%, chigas 6,8%, langos 6%, ruandas 5,8%), outros
31,1% (1993)
Cidades principais: Campala (773.000), Jinja (61.000),
Mbale (54.000) (1991)
Patrimônios da Humanidade: Parques Nacionais Rwenzori
Ruwenzori Mountains e Bwindi Impenetrable
Governo
República presidencialista (ditadura militar desde 1986).
Divisão administrativa: 38 distritos.
Chefe de Estado e de governo: presidente general Yoweri
Kaguta Museveni (desde 1986, eleito em 1996).
Partidos políticos: não há, suspensos desde 1986.
Legislativo: unicameral - Parlamento, com 276 membros
(214 eleitos por voto direto e 62 indicados).
Constituição em vigor: 1995.
Economia
Agricultura: café (219,6 mil t), pluma de algodão (17,9
mil t), caroço de algodão (39,2 mil t), chá (20,9 mil
t), milho (740 mil t) (1997)
Pecuária: bovinos (5,4 milhões), ovinos (1,95 milhão),
caprinos (3,6 milhões), suínos (940 mil), aves (22,4 milhões),
eqüinos (17,6 mil) (1997)
Pesca: 213,1 mil t (1995)
Mineração: calcário (135 mil t), ouro (3 t) (1996)
Indústria: equipamentos de transporte, alimentícia, bebidas,
materiais de construção (cimento), têxtil, fertilizantes,
produtos eletroeletrônicos
Parceiros comerciais: Quênia, Reino Unido, Japão, Índia,
Emirados Árabes Unidos, Bélgica, Espanha, EUA, França
Relações
Exteriores
Organizações: Banco Mundial, Comunidade Britânica, FMI,
OMC, ONU, OUA
Embaixada: 5909, 16th Street NW, Washington D.C. 20011,
EUA
tel. (202) 726-7100, fax (202) 726-1727 |